Cidadania 2.0 Através da Transparência de Dados
Cidadania 2.0 pela iniciativa da administração pública e no contexto da protecção civil foram o tema de dois dos nossos posts mais recentes. Hoje fazemos questão de dar luz a exemplos de cidadania 2.0 no âmbito da transparência de dados.
Não podíamos começar esta lista de exemplos sem ser com a iniciativa mais mediática de open data em Portugal: o Pordata. Da responsabilidade da Fundação Francisco Manuel dos Santos, trata-se de um serviço público de estatística que disponibiliza dados relativos aos mais variados aspectos da sociedade portuguesa.
Ainda em Portugal, duas iniciativas que partem de cidadãos individuais que procuram chamar a atenção para os gastos na administração pública, criando janelas, de fácil utilização, para os ajustes directos realizados: são o Despesa Pública (que será apresentado no Cidadania 2.0) e o Transparência na AP.
Neste tema, mas saltando o Atlântico, temos um site bem conseguido criado pelo próprio Governo Americano: USA Spending.
Mais perto de casa, em Espanha, há o Gasto Público e várias iniciativas de open data a nível do governo regional (o Open Data Euskadi do Governo Basco que vamos ter no programa deste ano, é apenas um exemplo).
No contexto ambiental, há também uma iniciativa interessante da Open Knowledge Foundation que, de uma forma muito visual, nos apresenta indicadores relacionados com os compromissos europeus de reduzir os efeitos da mudança climatérica. Trata-se do energy.publicdata.eu.
Esta mesma organização, e com o apoio do Channel 4 (que no Cidadania 2.0 deste ano irá apresentar o Landshare e o Hugh’s Fish Fight), criou também o Where Does My Money Go?, mais outro site extremamente visual que pretende tornar as finanças públicas muito mais fáceis de entender.

Where Does My Money Go? (em 22 Ago 2013)
Podemos referir um outro projecto português que se havia candidatado à edição deste ano do Cidadania 2.0. Não ficou nos mais votados mas isso não lhe tira qualquer valor. Trata-se do Demo.cratica que disponibiliza as sessões do parlamento em formato de texto. As coisas parecem estar um pouco paradas deste Março deste ano – talvez a equipa precise apenas de um ajudinha. Este projecto, de alguma forma, relaciona-se com um dos casos convidados deste ano no programa: o Vote Na Web. Um projecto da brasileira Webcitizen que pretende disponibilizar o código em open source para que o projecto possa ser usado noutros países.
A transparência de dados permite informar, disponibiliza a matéria-prima para a identificação de problemas, oportunidades e soluções (facilitando open innovation – curiosamente, está no âmbito do projecto Movimento Milénio a apresentar este ano) e expõe situações menos desejáveis (também intimamente relacionado com um dos projectos a apresentar – o Movimento Anti-Corrupção).
Quão transparentes são os dados da sua organização?
Deixe o seu comentário